segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Em relação ao Miguel Bonneville

Sobre isto:

O Miguel Bonneville escreveu uma carta aberta. Ora então.

Eu gosto do Miguel Bonneville. O Miguel Bonneville é um indivíduo, uma pessoa que existe, um ente criador. E decidiu escrever uma carta a "Pacheco Pereira". E escreve a carta como se o designado "Pacheco Pereira" fosse, como ele, um indivíduo que existisse. Nada mais falso. Aquilo a que se decidiu chamar "Pacheco Pereira" não existe. "Pacheco Pereira" é uma invenção dos filhos da puta. Que um ente criador, o Miguel Bonneville, responda a "Pacheco Pereira", confere-lhe, pela sua qualidade de criador, uma existência. Uma existência fugaz? Uma existência que começa e acaba com a carta que o Miguel Bonneville escreve? É uma questão pertinente, uma questão engraçada, talvez uma questão importante. Mas é, neste caso, irrelevante. Peço encarecidamente ao Miguel Bonneville que não dê mais carácter de existência a este "Pacheco Pereira", para que se possa voltar a arrumar no armário com os outros seres imaginários.

E é tudo.

Um comentário:

  1. Car@ A Alemanha Ganhou A Guerra,

    felizmente não só a minha carta como outras foram publicadas na revista sábado e no jornal
    público. a verdade é que o senhor pacheco pereira existe e escreve e publica. fazer de conta que não existe será, para mim, compactuar com a ignorância.

    atentamente,
    Miguel Bonneville

    ResponderExcluir