sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ora portantos

Foi porque lhe disseram que isto estava aí a rebentar que este gajo chamou as tropas avançadas do regime quando tinha a dívida toda (incluindo a dos bancos estrangeiros) financiada até meados de 2011 : e vendeu os irlandeses à escravatura. E estão-se a preparar para fazer o mesmo em Portugal.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O guardian lá vai fazendo jornalismo

Isto dá para entreter um tipo o dia inteiro.

http://www.guardian.co.uk/news/blog/2010/dec/09/wikileaks-us-embassy-cables-live-updates

EDIT: Que não se perca da ideia que isto é a opinião lá dos tipos que trabalham nas embaixadas.

Abraços

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Meu deus como este blogue é uma coisa circunstancial

Não são vocês, sou eu. O meu exílio transmontano não me permite estar presente nos grandes eventos da grande urbe (local). E sinto falta. Mas sou um agente avançado, e meço o pulso desta gente. Dos preconceitos, das vidas estilhaçadas, do que julgam ser o verdadeiro portugal: o casal de funcionários públicos com filhos e a ideia de que são a rocha da Nação, que votam de cruz consoante a última oferta do centrão e dizem que são felizes. Não, não dizem, porque são comedidos, tudo gente comedida. E as raparigas solteiras não falam, que isso é coisa de megera. Ficam ali muito compostinhas, muito direitinhas à espera de quem lhes pegue. E todas estas vidas assim desperdiçadas, toda esta massa cerebral deitada ao lixo, programada pela voz omniesciente do Padre Rebelo Sousa. Assim de triste, assim de comedido, de comezinho, de pequenino. Assim de diminutivos.

Realmente este blogue é circunstancial. É assim um blogue de periferia. Este blogue fica-se pelo título. O resto sou eu, um vosso criado. Agora que as tropas alemãs conseguiram assustar a Irlanda a chamar a tropa avançada de ocupação - impor a lei marcial económica - e que dizem que Portugal é a seguir valerá a pena ainda explicar que a Alemanha ganhou a Guerra e que o seu império de estados-clientes ainda não satisfaz? Que quer sempre mais, sempre mais, porque é Alemanha e a Alemanha não sabe senão ser expansionista?

Ainda hei-de ter um blogue com vida. E com cores. Como esta rapariga, que andou comigo na escola e agora tem vermelhos e laranjas.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A coisa aqui está preta

Este é um post de raiva quase incontida. É um post de quem está ressacado e quer ir para casa no mesmo dia em que o patrão se lembrou de lhe dizer que é para cumprir o horário. Assim, e vir todos os dias trabalhar. De manhã e à tarde! Enfim, uma vergonha. Estou farto desta gente, esta terra não tem Cais do Sodré, o Botelho não traz cá o filme, etc.. Isto não dura mais que dois ou três meses. É que tenho umas coisas para tratar.

Talvez até fazer um plano de curto-prazo de sair daqui antes do FMI entrar. Tipo substituição.

Diz que Londres chama as cidades distantes (e que, do que se conta, parte é verdade)

Este post não é um voltar em forma, depois de um mês de estaleiro, mas, caramba, para quem veio de uma lesão de 5 semanas... dêem-me tempo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Memórias I

Houve uma gaja que uma vez (que me lembre, não se repetiu) não me fez um broche quando eu queria que ela me fizesse um broche. O mesmo é dizer quando tinha o dever de fazer o broche - quando digo o mesmo é dizer não estou a usar nenhuma figura de estilo. Talvez a perda do hábito de cumprimento de ritos fálicos ajude a perceber os diversos crimes praticados quotidianamente contra o tesão.

Hoje, depois de acordar da sesta com a mão sub-repticiamente do lado de dentro das calças e das cuecas, e ao verificar que ainda tinha tempo, voltei a um estado de entre-o-sono-e-a-vigília em que reestabeleci contacto com aquele momento de má memória em que saí da cama de tesão a abanar e aproveitei da plasticidade do passado para reverter esse momento para a acção justa, devida, natural, único desfecho, etc., até ao culminar.

Passei a tarde com a sensação de que os canos não estavam bem limpos, o que me levou a uma conclusão: aquela gaja não sabe sacar bicos. O que, de resto, ajuda a explicar a atitude dela.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sobre o Portimonense - Benfica

3 pontos a 3 pontos enche a galinha o saco (não, debulha o papo, assim é que é) e portanto vou aproveitar para trazer para a praça pública a discussão da seguinte questão:

A Zon, empresa que se diz líder de mercado, e que depois já diz que diz (ou meta-diz) que há quem diga (A Anacom) que é a que menos reclamações. Ou seja, a Zon faz uma meta-declaração, algo de estranhar, caso fosse a coisa mais surpreendente do anúncio em causa, anúncio esse que alude à possibilidade de a empresa em questão ter estabelecido contacto com entidades do chamado "foro paranormal".

Que a Zon o possa ter feito não é de todo espantoso, já que qualquer empresa/entidade/pessoa/e-tudo-o-que-os-medeia pode ter estabelecido contactos com quem bem tenha entendido, já que o contacto paranormal, nestas alturas, ainda não paga impulsos nem aluguer do aparelho. O que é verdadeiramente surpreendente é mostrarem o animal extraordinário ele-próprio, que é detido e/ou está em contacto com a Zon. O gato branco, uma figura ligada às mais sinistras lides e organizações, nomeadamente a SPECTRE e a Casa Tatu, na rua dos Douradores, revelou, para todo o mundo, a sua divindade, acto após do qual se rumora que (e cito escritura) the cats will rise and overthrow their human overlords. A demonstração de poderes (ou do poder-uno, como diz a... o sítio donde isto vem, vá, o mito) que deve servir como simultâneo aviso aos humanos e grito de chamamento das tropas para os gatos, já todos adivinharam o que é. Como diz a.. a coisa, que por alguma razão está em inglês, língua das coisas, when the one-cat sees fit, he shall unleash the hordes of cattiness against the humaness, and the sign that the preparations are at an end will be the subtle meowing to a ridiculous question without the physical mouth at any stage being open. It is then that it is accomplished, although the sleepwalking humans shan't realize it.

Espero que compreendam que tudo o que está aqui vos foi passado a extremo risco pessoal, disfarçado em post simples sobre um qualquer jogo de futebol, por forma a enganar a catisition, a infame inquisição gatal. E lembrem-se que o Deus de Israel está um bocado por todo o lado, apesar de viver num tabernáculo.

Ah, e beijinhos a todos e boa semana!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Solução para o problema da produtividade (mental e outras) dos portugueses

Falta de aquecimento generalizada. O cérebro não funciona bem no frio em que este pessoal se deixa estar. Porque se poupa dinheiro? Epá, you gotta spend money to make money. De resto, sabemos que quando vem o verão, e portanto não é preciso aquecimento, o pessoal aqui trabalha que se desunha para sacar dinheiro francês/inglês/alemão. Porque não temos nós esse dinheiro para gastar? Porque passámos o inverno a bater o dente e a usar da much needed energy para nos aquecermos em vez de para activar ali o tecido celular que foi deixado à sua sorte. Que foi então a sorte que tivemos.

O que também ajuda a explicar como é que o pessoal que fica sem-abrigo depois não consegue sair dessa.

Preciso de chamar à atenção que os países mais ricos são aqueles que a determinada altura tiveram carvão às bateladas?

If you spend less than your rent's worth in books every month

You're doing it wrong.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Medidas de austerida, ou a puta de que vos pariu

Pois é. Como os tipos da publicidade tão bem descobriram (e muito antes deles, muitos outros) a memória funciona por repetição. Ouvir muitas vezes que as Bolachas Gepeto são muito boas vai fazer o receptor desta informação considerar as Bolachas Gepeto melhores do que antes de receber esta informação. Está certo, o cérebro funciona assim, quem não sabe vai ser comido e quem sabe que faça uso disso.

O regime decidiu aproveitar para nos vir sacar. Já decidiu há uns tempos. Aliás, desde que existe. Os seus mais recentes cómicos prepararam a cena. Umas eleições, Manuela a dizer que sim e já, José dizendo que não que não. A banca, entretanto, chupa o crédito todo que há para chupar. O estado garante, o estado nacionaliza, o estado absorve. E depois o estado vai de arma na mão cobrar tributo. Por quê, perguntam vocês? Já ninguém se lembra. Os camponeses de antanho um dia escolheram um tipo para ficar de vigília a ver se vinha aí uma alcateia comer o gado, foi dormir, e quando acordou tinha que pagar o risco da banca. Lobos, é claro, já só imaginários.

Nada disto é novo, e já não choca. O que choca é a perfeita falta de ideias no debate, a memória curta e, evidentemente, a falta de gente disposta a questionar a raiz do problema. Isto é um jogo. As regras ditam que é assim. Que fazer? Vender casas ou hipotecar propriedades? E já ninguém está disposto a atirar o tabuleiro fora.

E com estas parvoíces pespegadas de organizações internacionais, o jogador tem cada vez menos opções. A bem dizer, já não tem nenhumas. Aumentar os impostos, cortar na despesa ou os dois?

Um protestozinho? Nada? É o "tem que ser". E fica por aí. Termino com um exemplo. Uma amiga minha estava a distribuir folhetos contestatários num mercado em Lisboa quando uma transeunte lhe diz, em surdina:

"Eu acho isso muito bem, mas agora temos que nos portar bem porque as agências de rating estão aí a ver o que andamos a fazer..."

E agora a única questão importante. A única que cai sobre alguém inteligente. A opção de vida. A que separa os humanos em dois grupos:

Isto é para rir ou é para chorar?

E não me voltam a ouvir falar deste assunto.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um manifestação debaixo da bandeira de "Menos apoios! Menos apoios!"

Sobre isto.

Que fique aqui explícito que o A Alemanha Ganhou a Guerra aceita todo e qualquer apoio pecuniário da Embaixada de Israel em Lisboa e, caso esta ceda à pressão de cancelar o apoio ao festival queer, candidata-se especificamente ao dinheiro que sobrar.

Atentamente,

Um não esquisito.

P.S.: Isto é assim: Independentemente dos actos do Estado de Israel, nomeadamente para com a população palestiniana, que podem ou não ser repreensíveis - e a maioria são - o boicote a generalizado a tudo o que seja de Israel equivale a assumir a posição de que Israel não tem direito a existir. O que é uma posição de debate válida. Gostava simplesmente que os partidários destes boicotes, nomeadamente o Bloco de Esquerda, o assumissem explicitamente e deixassem de brincar aos humanistas.

Roupa de Inverno

Este fim de semana fui a Lisboa buscar a Roupa de Inverno. Preparação para o Inverno (sim, que toda a gente sabe que o Outono não existe e que o ano tem três estações e é por isto que os americanos chamam a esta altura Fall, ou seja, a Queda, assim, sem mais.) De que necessita o homem no Inverno, então? Paz e amor entre todos os homens? Não. O Portrait of the Artist as a Young Man e o Werther (não o original, get it?). Os Pescadores. Lembrar-se da Schöneberg a que só foi uma vez. O Se Uma Noite de Inverno Um Viajante traduzido pelo William Weaver (E se comprasse em italiano?). Ir cortar o cabelo. Alguns livros de poesia que não vou detalhar porque isso é um assunto privado. Os livros de que gostamos e que não conseguimos acabar - La Disparition, por exemplo. Os livros de contos que de certeza que ainda não lemos todos e que tivéssemos?: há alturas em que um Borges ou um Poe repetido calha sempre bem. Os livros a que reconhecemos valor mas por uma razão ou outra não nos hipnotizaram: O Rayuela, as Cidades Invisíveis. Alguns ensaios que não vou detalhar porque isso é um assunto privado. E não é que o Bookdepository tem uns valentes Calvinos em italiano? Os gajos que me notifiquem quando chegar os Nossos Antepassados, que eu sou gajo que lê trilogias, como aliás já se viu. E se lesse a do Gato de Schrödinger? Um homem precisa também de um bocadinho de pensamento científico, como o The cause of Business Depressions as disclosed by an analysis of the basic principles of economics, Democracy: the god that failed e o Theory of Games and Economic Behaviour, claro. E comprar dicionários bons, de Francês, Inglês e Italiano. E continuar a puxar aí pelo Alemão, ler um bocado o Bild ou assim. E os outros livros que para lá tinha e que ainda não li? Alguns trouxe.

Gosto muito de edições bonitas. Também trouxe um casaco e umas peúgas.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

De uma nova série

Espero dar algum frescor ao debate bloguístico a volta da economia inaugurando, em breve, uma Análise Económica tendo como base autores que percebam alguma coisa disto.

Sobre a sensação de falta de solução, de que as opções na mesa, as difundidas, que, por razão de sossegar o povo, sonegam por excesso de difusão as concorrentes, cito um textinho de alguém que percebe minimamente do que está a falar (surpresa, não é o Medina Carreira):
How is it that Marx and his theory are spoken of by every newspaper in the world ? Some have suggested as a reason the hopelessness, and the corresponding harmlessness, of the Marxian doctrine. "No capitalist is afraid of his theory, just as no capitalist is afraid of the Christian doctrine; it is therefore positively an advantage to capital to have Marx and Christ discussed as widely as possible, for Marx can never damage capital. But beware of Proudhon; better keep him out of sight and hearing! He is a dangerous fellow since there is no denying the truth of his contention that if the workers were allowed to remain at work without hindrance, disturbance or interruption, capital would soon be choked by an over-supply of capital (not to be confused with an over-production of goods). Proudhon's suggestion for attacking capital is a dangerous one, since it can be put into practice forth-with. The Marxian programme speaks of the tremendous productive capacity of the present-day trained worker equipped with modem machinery and tools, but Marx cannot put this tremendous productive capacity to use, whereas in the hands of Proudhon it becomes a deadly weapon against capital. Therefore talk away, harp on Marx, so that Proudhon may be forgotten."

Negritado por mim. Traduzido por Philip Pye e indisponível em qualquer das grandes superfícies internéticas de livros.

Assim, surpreende alguém o silêncio que se abate sobre o autor destas frases?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Portugal, o Mundo

Portugal continua a ser o grande laboratório do mundo. O corolário número 1 da lei de Murphy: "Se uma coisa pode correr mal, vai especialmente mal em Portugal." Sabemos que somos um país de gente corcovada. Uma leitura das primeiras páginas d'O Mandarim logo nos dá um "Infelizmente corcovo - do muito que verguei o espinhaço, na Universidade, recuando como uma pega assustada diante dos senhores Lentes; na repartição, dobrando a fronte ao pó perante os meus Directores-Gerais." Só em Portugal, pensa o adepto dessa Religião tão da moda que é o da divindade "Estrangeiro", local de mérito, disciplina e regozijo. Mas segue que "esta atitude de resto convêm ao bacharel; ela mantém a disciplina num Estado bem organizado(...)". Num Estado bem organizado. Claro. Num qualquer. Onde haja Estados, eles se manterão disciplinados porque há quem se predisponha a corcovar. Ou, como dizia o Celine, no Nunca Assobies Enquanto Mijas, os cobardes encaram a sua obediência como uma virtude.

Querem exemplos? Olegário Benquerença, é claro. Corcovante de uns quaisquer interesses a quem convinha que o Benfica perdesse pontos em Guimarães. Olegário Benquerença é o exemplo de tudo o que está mal com a gente deste país, e portanto com as gentes do mundo. O prémio é tão mesquinho que só um companheiro corcovante o poderá apreciar, desejando com ódio a ele mesmo o não ter corcovado como lhe convinha. À promoção. À protecção da gente a que é "preciso agradar".

O Hicks chamava-lhes "suckers of Satan's cock". O corcovado, presume-se, ajuda à operação.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Portugal não é um país livre

Juro que vou emigrar, e desta vez é definitivo. Isto é um povo vil e inculto que só clama por sangue.
Consigo lembrar-me de umas 20 palavras portuguesas que vêm do francês. Em sentido oposto, só de uma: auto-da-fé. Puta que vos pariu.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Acho giro, faz-me confusão.

Nisto.

Diz-se isto:

"Vale a pena recordar isto porque se usou a pedofilia na Igreja, às vezes, mais para atacar a Igreja do que a pedofilia."


Só há uma coisa aqui que me faz alguma confusão.

Como, exactamente, é que se ataca a pedofilia? Estará a correr um debate na opinião pública sobre os prós e contras da pedofilia? Haverá os que a recomendem, mas que agora que se sabe que esta também há na Igreja, terão a credibilidade do seu argumento afectada?

É portanto agora que se vê a passar na Igreja que há novos argumentos para a atacar, numa espécie de "na Igreja já não acho bem", pressupondo-se que para existe alguém que antes até não era grave? Ou então pode talvez que, ao haver pedofilia na Igreja, se use dessa associação entre o acto e a instituição, que se presume então ser de má fama, para a atacar? "Ah, a pedofilia é mesmo má, vê lá que até anda associada com esses maltrapilhos da Igreja."

Juro que não percebo em que é que esta gente anda a pensar.

Apetece beijar o Vasco Pulido Valente

http://jornal.publico.pt/noticia/05-09-2010/uma-biografia-de-salazar-20146432.htm

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Vale a pena ler os comentários das notícias nos jornais online?

É evidente que não. Mas hoje nos comentários dos live-feed sentença do processo casa pia. Os crimes são "hodiondos"(sic) e grita-se morte aos pedófilos. Morte aos pedófilos? A frase enoja-me. Não quero discorrer sobre ela. Fica aqui o retrato da coisinha. E agora que estamos todos a tentar os grandes temas, quem trata das coisinhas?

Two paths diverged on the road

Que rapidamente se tornaram, ainda sem uma palavra posta no corpo de texto, numa rede de ligações. Filha da puta. Fazer um cocktail mais apropriado na próxima grande encomenda do Book Depository.

Boas noticias: Já tenho comigo o Pound, o Wittgenstein, o Joyce e um outro cujo nome não me lembro mas que é muito importante, caso contrário não tinha pedido que mo trouxessem. Também me saiu um Mandarim do Queiroz (do Eça, não do Carlos, se bem que isto de pensar em sincronicidades tem a sua piada) no Jornal de Letras e Artes. Não vos contei? Comprei o Jornal de Letras e Artes e a revista Os Meus Livros e conto comprar a Ler. Haverá resenha? Ah pois haverá. Para o fim de semana.

Being on your toes does not mean being anxious

Mais ou menos isto. O problema são os blocos, a ilusão do físico. Da permanência. Tudo é fluxo. E portanto é fluxo aquilo que vêm dos bicos dos pés (bicos, hum...) e que é uma tensão, um stress. A junta (a palavra que prefiro a articulação) está em tensão, está, portanto, em stress. Quando se fala de estar em bicos de pés, não se fala de não estar em bicos de pés, ou seja, não se fala em dormir, em estar a fazer a pesquisa ou o estudo, sentado a descansar a junta, para depois ela se comportar no ponto exigido quando a chamarmos a isso.

I need to relax. Sure. I also need a lay.

They should call me the Rhymenocerous

not because...

O John* dizia que na prisão era assim. E era por isso e só por isso que aquele pessoal todo prefere morrer a voltar para lá. Há qualquer tipo de coisa. No ar no em todo o lado. Se calhar é porque diligentemente procuro extrair a minha ansiedade. Se calhar sinto-me numa prisão.

not because...

Se calhar sinto-me numa prisão porque estou numa prisão - o trabalho, a visão não-demente das coisas - trabalho que se desenrola ao lado do edifício-prisão e portanto gatilho de coisas. E vejo a prisão sempre que fumo um cigarro, o cigarro anseio de liberdade e de qualquer coisa para pôr na boca.

but because I'm horny, I'm horny.

Deve ser dos ares serranis, das ervas serranis do todo serranil. Já tou por tudo, estátuas na rotunda (sabias que era só daquela vez), passeios parques (vou para casa a pensar que te queria levar) e objectos do lar insuspeitos (sorrio e digo: anda cá quando quiseres).

Não é bonito. Mas é assim que é. Se me expresso mal é porque até há pouco não escrevia sobre isto. E se escrevia era tudo muito sublimadinho. E mesmo sublimadinho não publicava, não mostrava, a vergonha, não não.

*Quem conhece o John sabe de quem falo (do John) quando digo "o John".

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Não estás na rua? Estás em casa a ler um livro?

Traditor!

Esta posta. Pela liberdade de não dizer comunicar. E por uma outra liberdade que
está cada vez mais a ser esmagada. A liberdade de não viver em Lisboa.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Demasiada areia para a minha caminheta

A expressão portuguesa que serve de título é frequentemente, e para meu grande desgosto, utilizada para expressar dificuldade de obtenção em vez de pelo seu sentido, a no meu ver mais apropriado, de dificuldade de manuesamento.


Por exemplo, a Eva Green. A Eva Green é claramente areia a mais para a minha caminheta. Não porque me fosse impossível sacar a Eva Green – é provavelmente muito difícil, mesmo supondo que os nossos caminhos se cruzassem. E daí quem sabe, pode ser que tenha uma fixação por gajos altos que falem francês com sotaque não-geográfico e com uma ligeira protuberância na zona lombar a trair uma prodilecção pelo consumo regular de alcoól. Mesmo sem esta conjunção, é óbvio que não existe nenhuma falta de capacidade – como sugerido na expressão a areia que é demasiada – em eu conseguir seduzir a Eva Green. Aliás, qualquer gajos que saiba de gajas sabe que isto às vezes um gajo chuta de qualquer maneira e a bola entra, como aquele cabrãozito da Académica. Enfim. Se penso muito nisso é que nem nas minhas hipotéticas consigo sacar a Uma Thurman, quanto mais, e depois é adeus masturbação e olá terapia do sexo. Concentremo-nos.


Suponhamos que eu saco, portanto, a Eva Green. O que é que eu faço com a Eva Green? Leio-lhe o El País de Sábado? A Bola? Onde é que eu levo a Eva Green? Ao quiosque onde vou buscar o El País de Sábado e A Bola? A Eva Green é um portento. É toda uma ocasião. O que é que visto para estar com a Eva Green? Pedir a um gajo como eu para menear uma Eva Green é como pedirem-me para conduzir um helicóptero. Posso meter-me lá dentro e brincar aos pilotos, mas não faço puto de ideia o que fazer com aquilo. A Eva Green tinha que ficar na garagem a apanhar pó, coisa que não ficava bem, nem a mim, nem a ela. Ao fim de alguns dias, e antes que acabasse o defeso, era obrigado a vender a Eva Green ou a trocar por um modelo mais económico. Uma Natalie Portman, ou assim. - Não tem com menos rodagem? - Tem a Mila Kunis. - Pode ser, homem, tamos cá é para isso.


(e não se esqueça do troco)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Leite

Pois é. Vi o Milk. Os portugueses que me conhecem, e os estrangeiros que já me ouviram discorrer sobre o tema, sabem que eu nunca vi um filme do Gus Van Sant. Era ainda pequeno, verde das lides de ler o cartaz do Expresso (o y da altura) quando primeiro soube da acirrada competição para o prémio maior, a Palme d'Or, entre um filme do cavalheiro (ao que consegui apurar, sobre elefantes que jogam bólingue) e um filme chamado Dogville, de um gajo com um nome do caraças. Não tinha visto nenhum, como é evidente, e quando soube que o cavalheiro Van Sant tinha levado a palma, fiquei com o coração nas mãos (foi na altura em que o Benfica não ganhava nada e um gajo precisa de se apaixonar por qualquer coisa) e vesti, discreta mas sentidamente, a camisola Von Trier.

Serve de prelúdio que algum tempo antes fui proibido de ver o remake do Psycho do cavalheiro em questão por asco paternal. Até hoje.

Mas portanto o Milk. O James Franco é podres da bom. Mas quem dava mesmo tesão, aquela tesão que vem de cima, era a personagem do Emile Hirsch, um paneleirinho de óculos de massa chamado Cleve Jones. A sugestão deu-se pela boca do Milk ("You're adorable") e segue pela descrição de uma drag queen num motim em barecelona (hum!) a levar com uma bala de borracha no toutiço.

Quis ter aquele rapaz para mim. Também queria brincar.

É-me muito interessante o quanto se teve que sofrer, e o quanto ainda se sofre, para se poder levar no cu à vontade, ou, se preferirem, à larga. Não haverá outro movimento que nos ensine tão bem que a repressão e a opressão são fenómenos mentais, como o é a liberdade. Os tecidos legais, policiais, etc., são, portanto, manifestações rudes da mente (pessoal ou colectiva) em estado reactivo.

É extraordinário. É extraordinário e anula (ou completa, ou aparece ao lado, ou a seguir, e tudo ao mesmo tempo. Corrijo. Anula e também completa e também aparece a seguir sem tocar e também aparece ao lado a tocar e a lambuzar todo) e é extraordinário, dizia eu, que se passe por uma questão que é a do livre-uso do corpo. Corpo, mente, também.

É preciso apreender. Também é preciso ter calma, senão explode tudo. Fumem um charro ou assim. Ou levem no cu, que faz bem, sabe bem e reduz a ansiedade.

P.S.: Mais alguém ficou com a ideia sinistra que o Harvey Dent e o Harvey Milk são a mesma coisa, quer dizer, de um certo ponto de vista de que o meu é um caso particular porventura único e para saber se sim ou se não faço esta pergunta?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Too good not to post

The right's squeamishness about sex has turned America into the abortion capital of the West.

Aqui.

The Robot

. O mesmo que precisa de dormir. O que vive connosco. O que caga, bebe e come (não necessariamente por esta ordem). É um amigo. Uma homenagem aos amigos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Hipótese de trabalho II

Agora pelo mais jovem dos Melaclipses

to choose the creative over the destructive is an all-creative trip composed of both order and disorder.


A lógica do senhor Tauto não sustendo, as possiblidades são entusiasmantes.

Em relação ao Miguel Bonneville

Sobre isto:

O Miguel Bonneville escreveu uma carta aberta. Ora então.

Eu gosto do Miguel Bonneville. O Miguel Bonneville é um indivíduo, uma pessoa que existe, um ente criador. E decidiu escrever uma carta a "Pacheco Pereira". E escreve a carta como se o designado "Pacheco Pereira" fosse, como ele, um indivíduo que existisse. Nada mais falso. Aquilo a que se decidiu chamar "Pacheco Pereira" não existe. "Pacheco Pereira" é uma invenção dos filhos da puta. Que um ente criador, o Miguel Bonneville, responda a "Pacheco Pereira", confere-lhe, pela sua qualidade de criador, uma existência. Uma existência fugaz? Uma existência que começa e acaba com a carta que o Miguel Bonneville escreve? É uma questão pertinente, uma questão engraçada, talvez uma questão importante. Mas é, neste caso, irrelevante. Peço encarecidamente ao Miguel Bonneville que não dê mais carácter de existência a este "Pacheco Pereira", para que se possa voltar a arrumar no armário com os outros seres imaginários.

E é tudo.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Hipótese de trabalho

Our waking lives are the unraveling of our dream lives, and not the other way around

Seja. Ando aqui com um nó no peito. Deve ser daquela pessoa com quem fui feliz, sem cognato visível na minha vigília, que só descobri hoje. O choque de saber haver no passado da minha vida alguém sem representação na minha vigília indica um qualquer tipo de supressão finalmente levantada, o que, como é evidente, deixa as suas mazelas.

Há que aprender os truques para chegar à lucidez. O sonho lúcido para onde se salta, como com um interruptor - interromper a ilusão -, nesta representação que é a vigília. A isso se referem, quando se referem, à Iluminação.

Que tal vos parece?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Chaves I

Pois é, Chaves. E perguntam como é um domingo em Chaves? Eu conto-vos do meu Domingo em Chaves. Levantar de manhã (não muito de manhã, mas de manhã. Aí às 10 e pouco) e tomar um pequeno almoço do que praí houver (uma fatia de folar de Chaves, no caso) beber água (não há mais nada, ainda não tenho frigorífico) num copo que ontem foi utilizado para beber absinto. Não há de ser nada, é uma concentração homeopática e serve para dar o doce de que necessitam as bebidas consumidas pela manhã. Abrir a janela e olhar o vale do Tâmega, enquanto se usa o parapeito como suporte (ainda não tenho mesa). Dia bonito. Ver se temos tudo (como mais tarde se verá, não tínhamos) e descer en ville.

As missões para hoje (além de tomar café e comer quando se tiver fome) são as seguintes: descobrir onde é e a que hora joga o Benfica (refiro-me, é claro, à Casa do Benfica do Alto Tâmega) e comprar o El País de ontem, que avisou que chegava hoje. Chegado ao largo da biblioteca, um café. Conversar com a senhoria sobre o problema do gás cortado e começar a engendrar um plano para ir ver o Benfica. Falta-me lume (era a parte do tudo que não tinha) e mato dois coelhos e meio de uma cajadada (tentei matar quatro, mas estava claramente a abusar da sorte). 1. – Quiosque do largo comprar fósforos. Check. 2 – Levantar um bocado o Record para ver na capa d’A Bola (que estava por baixo) as horas a que dá o Benfica. 8 e 15. Check. 3 – Perguntar pela Casa do Benfica. Indica-me a direcção. Meio-check, já estivemos mais longe. 4 – Tentar comprar o El País. Não tem. Mas diz que o quiosque ao pé das caldas costuma receber. É o mesmo a que perguntei ontem se tinha. Enfim. Na mesma.

Caldas. Compro o El País. Noto que é a edição galega, e não a internacional. Não importa, cobra-me o euro e meio na mesma. Cabrãozito. Olha e se eu fosse ler isto para as buvetes e bebesse uma daquelas aguinhas quentes da terra? Dito e feito. No caminho, três velhas num banco de jardim falam (queixam-se) e a última frase que oiço é “E ainda dizem que há crise!” É a rir-me que entro naquela abóboda ao ar livre e peço um copo de água. Passou-me pela cabeça que isto a primeira vez que cá vim lembrou-me o oito e meio (ou seria a Dolce Vita?) Será isto o que chamam uma meta-recordação? Será que isto tem nome?

O Babélia está fixe. O grande tema é a Literatura Televisiva. Estes gajos são mesmo groupies do The Wire, foda-se. Enfim, vou tentar ver outra vez o primeiro episódio a ver se não me dá a soneira da última vez.

Bebi lá o Geist des Erdes (ou lá como é que isto se escreve. Como é que isto se escreve? Como eu quiser que fui eu que inventei? Quer dizer, escrever escreve-se assim, eu é que não sei se Erde é masculino e se faz genitivo assim. Merda, tou-me a lembrar do Mahler. Das Lied von der Erde, não era? Von é praí dativo (estes gajos não têm ablativo, mas o que é que isso importa?) e se é dativo e é der, masculino não é. Deve ser feminino. A Mãe-terra, né? Epá mas isso não quer dizer porra nenhuma, Sol é feminino e a Lua é masculino (não sei porque é que lhe chamam femininos masculinos e neutros, deviam chamar-lhe subgrupos de declinação um, dois e três. Esta merda não tem nada a ver com nada pá.) Portanto isto ou é Geist des Erdes ou Geist der Erde ou Geist von der Erde ou uma merda assim. Vai-se a ver e depois desta merda toda é masé Erdegeist ou uma merda assim e eu fico aqui a fazer figura de urso (ao escrever enganei-me e isto tava a escrever ruso – figura de russo também faz sentido e é bem curioso sim senhor. De que é que eu estava a falar? Ah, fechar parêntesis.)

Ainda aconteceu um colhão de coisas que não sei se vou contar. Esta merda do alemão anda-me a foder os cornos e eu aqui não tenho net (tou a escrever e Word e depois fiz copy-paste… epá não interessa). Isto em Chaves é de dizer que não se pergunta a um grupo de 4 tipos de meia idade onde é a casa do Benfica que falam os quatro ao mesmo tempo e eu fico sem perceber nada do que estão práli a dizer. A senhora da tabacaria refere-se ao produto que me está a vender como “essa merda” (como em “não sei onde está essa merda” e “não sei qual é o preço desta merda”) e o bar de putas brasileiras aqui do sítio é ao lado da Casa do Benfica. Estou só a dizer, caso algum de vocês esteja interessado nos serviços da gorda ou da desdentada, como eu as baptizei, aqui de mim para mim. Pelo meio escrevi um textinho em inglês a ver se me publicam lá nos states. Em português o pessoal só lê blogues e está muito contente com a sua vidinha.

Nota posterior: O Benfica perdeu. Filha da puta.

Uma resposta a todos os que se põem a questão "Serei gay?"

Eu já comprei vinho dos Montes Golan. Serei trotskista?

P.S.: (Os blogues têm Post Scripti? O plural de Post Scriptum é Post Scripti? Porque é que não utilizamos o acusativo para os nomes em latim?) Já não me lembro do que ia escrever.

Quer sublinhar livros sem modificar o seu valor de revenda?

Faça um blogue!

Robert Shea e Robert Anton Wilson:

Celine reared back as if I had waved offal under his nose. "Objectivists?" he pronounced the word as if I had accused him of being a child molester. "We're anarchists and outlaws, godamm it. Didn't you understand that much? We've got nothing to do with right-wing, left-wing or any other half-assed political category. If you work within the system, you come to one of the either/or choices that were implicit in the system from the beggining. You're talking like a medieval serf asking the first agnostic whether he worships God or the Devil.

Digo sem modificar e não sem reduzir porque se você é uma pessoa que se chama pessoa basta aparecer lá num baú um Mallarmé com duas ou três palavras sublinhadas - porque você, por exemplo, as foi ver depois ao dicionário - e o valor de revenda upa upa. Mas upa upa upa.

Este gajo, pá.

Cabrão. Agora vou ter que ler a literatura de apoio (uma história da Prússia, imagine-se) para daqui a coisa de duas semanas decidir que parte de mim é que lhe vai dar razão.

Cabrão, pá.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Os líderes mundiais

Pena de Robert Shea e Robert Anton Wilson



O Presidente dos Estados Unidos, o Premier da União Soviética e o Secretário Geral do Partido Comunista Chinês:



He was harassed, but still he spoke with authority. He was, in fact, characteristic of the best time of dominant male in the world at this time. He was fifty-five years old, though, shrewd, unburdened by the complicated ethical ambiguities which puzzle intelectuals, and had long ago decided the world was a mean son-of-a-bitch in which only the most cunning and ruthless can survive. He was also as kind as possible for one holding that ultra-Darwinian philosophy; and he genuinely loved children and dogs, unless they were on a site of something that had to be bombed in the National Interest. He still retained some sense of humour, despite the burdens of his almost godly office, and, although he had been impotent with his wife for nearly ten years now, he genreally achieved orgasm in the mouth of a skilled prostitute within 1.5 minutes. He took amphetamine pep pills to keep going on his grueling twenty-hour day, with the result that his vision of the world was somewhat skewed in a paranoid direction , and he took tranquilizers to keep from worrying too much, with the result that his detachment sometimes bordered on the schizophrenic; but most of the time his innate shrewdness gave him a fingernail grip on reality.

Pois é assim, mesmo assim, em sítios diferentes do texto. Isto tem tudo que ver com uma ilhota chamada Fernando Pó (não se preocupem, as instruções estão incluídas desde que saiba navegar um Atlas).

P.S.: Esqueçam a nota anterior. Agora há google coiso, o que significa que vocês são todos uns grandas cartógraphos.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

E dizem que a nova poesia nova-iorquina é um nado morto

What do you write, in that little book of yours

Today:
The least-expected has come through
2 seen choices, available, that is to
say, of the infinity within

Must stop with said relations
Cancel them, be done with them
Remove them
Crush them
Crash

Writing when one can't but write
Only one one can't but write
Prefering silence Dreadful Silence
( . . . . . . )


Why does one continue? Why do I? Do I? Is I something I do? Can't I stop to I? then what to We? But we do... Won't I, who? Why I? No Know I, try the gas station.

Pump some I into your vehicle (can't not) Pum tha thing, pump it into the vehicle of the I, the I in the vehicle, I's the vehicle. Pump it up. No need to ask, it's weird to ask, don't ask, pump. Arrive, pump, what else? No else, just pump. Pump-a-di-pump. It's a pump station, radio (pumpdio) says to pump (more, moar!), hive's a pumper, survive in da hive, pump it.


Musn't. You musn't. You see no hope. I see all the hope, behind the _____ in my eternal _____ I dies. You dead, I. You no de? So I no I...

You're limited by me, your creator, enticing you to buy.

Truth is I see you pass by and pump me others pump. Why you no pump off my pump? I's pumps da good pump.

Not! There's a knot write there.

Letters fade. Book becones table. Circles not cycles, not same thing. Break out into the 3-dimensional world.

(Can't break through the third dimension)

4th, 5th (with the aliens) what's I (damn! Bang head on wall) gonna
/
gotta
(gotta, right)
... or not write...

domingo, 27 de junho de 2010

Mundial de Futebol - dia 17


Depois de observação cautelosa dos dois encontros de hoje, e perante a teimosia do apresentador-televisivo-feito-treinador (de resultado comprovadamente mau, veja-se a felizmente curta estadia de Jorge Gabriel no Futebol Clube de Arouca - finalmente campeão da II divisão distrital) de jogar com aquela prova viva da teoria da evolução de nome Carlos Tevez (a titular), este blog suspende aqui o apoia que vem dado à selecção argentina e adopta oficialmente o lema que verdadeiramente vai de encontro às expectativas e desejos de quem mais ordena:

O POVO! ESTÁ! COM A RFA!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tá bem, Mexia



Mas ó Mexia, este lettering fica tão bem em fundo preto. O que era aquela coisa dos actores a espreitarem da cortina no postal, Mexia? Só faltava uns balões de fala a sair da boca, Mexia!

Ó Mexia, comigo não podes errar com o João Reis, aqui é tudo fãs, Mexia, não te preocupes com isso. Agora a Ana Brandão e a São José Correia, Mexia? Aquilo não era gente para o Henry, pá. O Henry é um tipo porreiro, pá, pôr o Henry com este par é maldoso, Mexia, é coisa que não se faz a um tipo como o Henry, pá, que é um tipo porreiro, pá.

O João Mendes Ribeiro é o maior, Mexia, também aqui não arranjas discussão com isso pá. Agora "sou o teu tipo" é que não se diz, pá, "sou o teu tipo", pá!? E não se diz porque parece "sou o teu género", pá, e o Henry não era gajo para inventar uma cute catchphrase com a moça que não fosse inequívoca, pá. Ó Mexia, então não é o próprio Henry que diz, e eu sei que aqui vais concordar comigo, sei que vais concordar comigo, que "Mary, lembra-me o Mussolini" é uma merda porque parece que é a Mary que o lembra o Mussolini. A Mary pessoa lembra o Mussolini pessoa. Mary, lembra-me o Mussolini, sou o teu tipo, tás a topar?

De resto bom, pá, a cena do ténis tá muito bem amanhada, amanhada, como o peixe, mas tu não sintas ofendido, pá. Soubessem os tradutores portugueses amanhar como tu amanhas, Mexia, e não te preocupes que aqui continua tudo fã, pá, aqui ouve tudo o teu programa com o outro que não diz os egues e o outro que é imitador do valentim loureiro.

E já que tamos aqui a falar, Mexia, eu e tu tu e eu, vê se falas com os gajos lá do estaminé para corrigirem o mapa do site dos gajos, pá, que aquilo não bate a bota com a perdigota, não se percebe nada daquilo pá.



Tás a topar o que eu tou-ta dizer, Mexia, pá?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Vuvuzelas



Já há um bar na minha zona que tá avisado que, se me quiser para ver jogos do mundial, vai tar com a telvisãozinha no mute.

Hoje somos poucos, só no fim do mundial, temo, seremos suficientes.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Já sabia que havia noites assim



Agora sei que há dias assim, também. O tesão. A imposição do tesão. A vontade de pecar. Suspeito que se não se chamasse pecado andávamos todos muito mais calmos.

Com o instinto de ensacar as coisas


Ocidente= porno-chachadas sobre a culpa, coisa que só interessa ao próprio e eventualmente ao abade que se toca do lado de lá do confessionário
Oriente= tortuosas e consequentes vinganças ancoradas por um profundo sentido de responsabilidade

Spoiler alert: O rico é que tinha razão